Num mundo onde todos somos consumidores, até os mais desligados já devem ter ouvido falar na famosa “sustentabilidade”.
À medida que o tema foi ganhando destaque e começou a ser visto como um meio de aumento de vendas e de reputação, muitas foram as empresas que se autodenominaram “sustentáveis” nas suas estratégias de marketing. Mas o que para muitas foi uma salvação, para outras foi exatamente o contrário, caindo no chamado greenwashing que acabou por prejudicar mais do que ajudar.
Porque é tão difícil comunicar a sustentabilidade?
Para a criação de uma estratégia de comunicação é fundamental ter dados, e a certeza de que se está a comunicar o que realmente acontece numa empresa, sendo a transparência um dos principais fatores de sucesso desta comunicação.
No entanto, a sua dificuldade não está apenas relacionada com a partilha da mensuração de indicadores ou adaptação da sua linguagem, mas sim porque a sustentabilidade – em qualquer das suas dimensões – está intrinsecamente relacionada com os valores e a missão de uma organização, que são aspetos estruturantes na história e cultura da mesma. A sustentabilidade é um poder intrínseco, que pode ser reforçado com diferentes medidas, mas que para ser trabalhado, e comunicado, já tem de fazer parte da essência da empresa.
Qual o papel de uma agência de comunicação nesta área?
O papel de uma agência de comunicação, para além de definir uma estratégia, centra-se em visualizar como está a ser trabalhada a sustentabilidade, humanizá-la e torná-la viva ao consumidor. Este papel vai muito além de comunicar, vai dar vida aos valores defendidos pelo cliente, sob forma de comunicação digital ou física, ou de uma comunicação formal ou mais criativa.
Com novas diretivas de greenwashing a ser divulgadas desde o final do ano passado, este é um tema que veio alterar o paradigma da comunicação e obrigar as empresas a tornarem-se mais éticas, não só na informação que partilham com o consumidor, mas também no seu propósito e impacto na sociedade.